Nossa Senhora dos Navegantes
acompanha o povo de Porto dos Gaúchos e sua história, desde que aqui chegaram
os pioneiros sulistas que navegaram pelas águas do Rio Arinos, foi e ainda é
venerada como protetora dos que navegam pelas águas, transporte fluvial. A
primeira imagem da Nossa Senhora dos Navegantes ancorou em Porto dos Gaúchos
alguns dias antes do dia festivo em sua homenagem, mês de janeiro de 1959, não
sabemos certo que dia foi, então guardada na firma Conomali até a chegada do
padre para que assim fosse abençoada como padroeira da comunidade, lembrando
que naquela época não havia sido ainda criada uma paróquia ou mesmo comunidade,
o povo aqui era atendido pelo padre que aqui passava em suas viagens na missão
de pacificação e educação doutrinal dos índios dessa região. No dia festivo,
dia dois de fevereiro de 1959 a imagem foi levada para o Rio Arinos por quatro
homens que não professavam a doutrina católica, chegando no rio Arinos a imagem
foi colocada numa lancha, feito uma procissão pelo rio . Após um passeio pelo
rio, iniciou-se a santa missa em sua homenagem a beira do rio, missa presidida
pelo padre João Evangelista Dornstauder, padre Jesuíta, onde houve uma
participação de todos os moradores católicos e outras denominações religiosas,
sendo então proclamada padroeira da comunidade católica, e também da gleba
Arinos, antes da benção final sua imagem foi trazida em procissão com orações e
cantos em louvor para a igrejinha que foi inaugurada dia 28 de dezembro de
1958, alguns dias antes. A igrejinha foi construída próximo da atual igreja
matriz, onde está atualmente o campo suíço. O terreno foi doado pela CONOMALI a
prelazia de Diamantino entre abril a julho de 1957 para que a comunidade
católica pudesse erguer a sua igreja por intermédio de Pe. João E. Dornstauder.
Nesse mesmo ano houve vandalismo, alguns jovens pegaram a imagem e a levaram no
meio da avenida e pôs fogo, segundo relato de pessoas somente uma de suas mãos
queimou. A primeira missa foi rezada na Gleba Arinos pelo padre João
Evangelista Dornstauder em fins do ano de 1955. Padre João E. Dornstauder grande missionário, e o que mais
impressionava o povo era o seu empenho sobranceiramente sereno humilde e leal,
de implantar nesse remoto sertão o cristianismo.
A imagem que chegou trazida por
colonizadores, na chalana em 1959 é a mesma imagem que se encontra no altar da
Igreja Matriz até hoje, inclusive com a mão
queimada, ela não foi restaurada, para preservar a sua história.
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