Escravos de nós mesmos

Sabemos que a escravidão em nosso país foi abolida no ano de 1888. Diante disso, o Ministério do trabalho tem trabalhado incansavelmente para punir àqueles que ainda tentam praticar estes atos.  Mas o que eu quero falar agora é de outro tipo de escravidão. Cada ser humano tem direito à vida, a ser digno do seu trabalho. Deus quer que cada um de nós tenha saúde, alimentos e lazer agradável para ser feliz. É assim que o homem trabalha, busca cada vez mais, aliás, ultrapassa seus limites, traz progresso pra sua região. Nisso o homem diz que está feliz porque vive num lugar onde tudo prosperou. A vida tem limites e quando esse limite é ultrapassado, vem a consequência. Passamos a viver na penumbra da felicidade. Talvez você não se dá conta disso. O ser humano muitas vezes acumula bens de forma gananciosa, quer o ser e o poder. Com isso passamos a ser escravos de nós mesmos. Não precisa muitas vezes ter muitos bens, as vezes somos gananciosos pelo trabalho a ponto de esquecer os amigos, de não alimentarmos eficientemente, de cuidar da própria saúde.  Somos escravos de nós mesmos, quando o progresso chega por meio da vasta agricultura, quando se tem alimento abundante, porém cheio de agrotóxicos. Quando a pecuária se estende, mas que o que comemos está contaminado por diversos tipos de medicamentos que aos poucos destrói a saúde. Somos escravos de nós mesmos, quando o progresso chega por meio do asfalto que tanto queremos, quando a vida está em risco, quando passamos a viver enjaulados diante quatro muros em volta de nossas casas, quando há a facilidade da chegada das drogas e começa a destruição de tantos jovens, quando a tecnologia chega e cada um tem um celular que pode transmitir mensagens para os amigos, mas que se usa de forma inadequada. E ainda, muitas vezes, o homem é escravo de seus vícios e preconceitos, pois o consomem a cada minuto de sua vida. A grande libertação que podemos experimentar é a da escravidão que nós mesmos nos impomos. Somos escravos de nós mesmos quando nosso ego é o centro da vida. Ser escravos de nós mesmos é mais que mera vaidade estulta, é ser prisioneiro de si mesmo é tão mais amargo e humilhante que ser escravo de outrem. (Roberto)